Ella Murphy tem 11 anos e convive diariamente com o drama de não poder ser abraçada por ninguém. A garota sofre de uma rara doença chamada Síndrome Dolorosa Complexa Regional, que faz com que cada toque em seu corpo seja motivo de dor grande e com duração muito maior que o usual.
Causada por traumas físicos acidentais ou cirúrgicos e também por doenças, infecções e desordens musculoesqueléticas, a doença é muito estudada mas pouco compreendida, o que faz com que Ella não tenha nenhuma expectativa de cura. Sua família espera que a síndrome, que começou do nada, termine da mesma forma quando a garota atingir a idade adulta.
"Atualmente Ella tem dores em todo o corpo, a síndrome tem estado pior e atingiu também seus tornozelos, por isso ela tem andado apenas de cadeiras de rodas. Existem dores que duram dias, outras semanas e já tivemos caso de ela sentir uma dor por mais de um mês", afirma Charlotte Murphy, mãe da garota.
Até os sete anos as condições de vida de Ella eram completamente normais. Durante uma noite, porém, ela acordou sem conseguir mexer o braço direito, em lesão diagnosticada inicialmente como fratura. As causas do problema foram mudando conforme a cura não acontecia, passando por dificuldades de crescimento até artitite. Um especialista em Síndrome Dolorosa Complexa Regional foi o responsável pelo diagnóstico correto, que evitou que Ella seguisse na fisioterapia, que só piorava suas dores.
De acordo com a mãe da menina, a grande dificuldade nos momentos de dor é a ausência de um método de tratamento: "Não há o que fazer e eu não posso nem abraçar minha filha para confortá-la, é desesperador".
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