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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Litoral de SP tem mais de cinco casos de dengue por hora

As cidades do litoral paulista estão vivendo uma explosão do número de casos de dengue. Segundo dados do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde, de 1.º de janeiro a 7 de outubro deste ano, último dado disponível no site do órgão, as 16 cidades da região litorânea registraram 36.990 casos da doença (mais de 5 por hora, em média).

Em todo o ano passado, o número de registros foi de apenas 1.471 (média de 4 por dia). O aumento é equivalente a 2.400%.

Conforme os dados do Centro de Vigilância Epidemiológica, Santos é a cidade do litoral com o maior número absoluto de casos no ano, com 9.782 registros no período avaliado. No ano passado, o município da Baixada Santista havia registrado um só caso da doença.

Em seguida, na segunda colocação, aparece Praia Grande, com 9.343 pessoas infectadas. Em todo o ano de 2012, o município havia relatado 66 registros da doença.

Epidemia

Nenhum representante da prefeitura de Santos foi localizado até as 21h30 de ontem, 9, para comentar os dados. Já a prefeitura de Praia Grande informou, por meio da assessoria de imprensa, que a Secretaria de Estado da Saúde já havia alertado sobre o caráter epidêmico da infecção em 2013.

De acordo com a prefeitura, os agentes municipais têm realizado ações contra a doença em todos os bairros de Praia Grande, incluindo medidas preventivas, como campanhas educativas em locais de grande circulação e ações de combate aos criadouros do mosquito Aedes aegypti nas residências, borracharias e cemitérios.

A prefeitura de Praia Grande informou ainda que investiu em equipamentos de combate à dengue, como máquinas para nebulização e roupas especiais para os agentes, além de quatro novos veículos.

A gestão afirma que, apesar dos investimentos realizados, o trabalho dos agentes está sendo dificultado pelo grande número de casas de veraneio na cidade - que ficam fechadas por muito tempo - e pela resistência de alguns moradores em deixar os funcionários da prefeitura entrarem nas residências.



Arte/UOL

 10/12/201309h24



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